terça-feira, 24 de maio de 2011

a metamorfose.

Numa manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregor Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco inseto. Estava deitado sobre o dorso, tão duro que parecia revestido de metal, e, ao levantar um pouco a cabeça, divisou o arredondado ventre castanho dividido em duros segmentos arqueados, sobre o qual a colcha dificilmente mantinha a posição e estava a ponto de escorregar. Comparadas com o resto do corpo, as inúmeras pernas, que eram miseravelmente finas, agitavam-se desesperadamente diante de seus olhos.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Poema bobo.

Quando nasci, o intrometido dum anjo
desses que vivem perambulando no Olimpo,
mirou uma flecha bem afiada...
Logo o sombrio rogou-me uma praga:
Vai mortal! Iluda-se na vida.

No divã o diagnóstico: paixonite aguda,
isso porque foi de raspão.