sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

sábado, 22 de dezembro de 2012

Linha amarela

De repetente...
as portas do metrô se fecharam
e eu vi o nosso reflexo em par.
Meus olhos espantados sorriram,
eu vi uma harmonia
refletida
com diversas cores e tons
Desse jeito assim,
feito os sambas do mombojó
que nunca cansamos de ouvir.

O mesmo metrô seguiu seu caminho
em busca da luz.
E meu chapéu grafite
continuou abraçado com o seu vestido florido.
Naquele dia  as nuvens cinzas
derrubaram seu pranto fino no parque trianon.
Tipica garoa paulistana
na mais paulista das avenidas do país,
tanto clichê, deve não ser...


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Jaune mais azulado

A cada instante que penso nela
me vejo abraçado pela saudade.

Tinha esquecido do teu rosto por uma semana
que durou cem anos exatos,
as vezes os segundos duram eternidades inteiras.
Mas sempre carreguei teu nome
em um retalho de estampa florida.

Sei lá hoje acordei meio melodramático.

domingo, 2 de dezembro de 2012

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Lourenço Otávio

Eu te vi toda contorcida com o teu gato
com o cabelo bagunçado
e uma roupa qualquer.
Que absurdo!
Um bichano muito feio entrou na sua casa
e quis machucar o seu filho.
Eu não deixei, jamais deixaria.
Afinal pra que eu preciso entender tudo isso?
Se o importante é existir mesmo assim.
sem ter nenhum porquê
sem um sentido
só o existir.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Dois bêbados(Uma versão)

Reprodução e download
http://soundcloud.com/carapalavra/dois-b-bados

Se a mesma linha não te satisfaz

se o retalho já não cobre
o teu rosto de desgosto
Piada do teu corpo
pra gente rir sem fazer barulho

Dois bêbados no escuro

pedem perdão por atrapalhar
o teu sono de trabalhador
e por não ouvir o que a mãe falou
por derrubar a lixeira fazendo amor

Quando amanhece o dia

eu tento de encontrar
parado na esquina
no mesmo bar.
Tomando o mesmo café
Vendo o mesmo chão

Eu nunca deixo de te procurar

eu nunca esqueço do seu doce olhar
de qualquer jeito eu vou te achar.
Restando a vaga lembrança...
de dois bêbados no escuro.

Pedem perdão por atrapalhar
o teu sono de trabalhador
e por não ouvir o que a mãe falou
por derrubar a lixeira fazendo amor.

(Em parceria com Rafael Garcia)





terça-feira, 23 de outubro de 2012

Tudo vermelho

Eu sou assim
Essa é minha vida
Quer você goste ou não.
Que pena morena, um detalhe,
e o barco afundou...

Mal tive tempo de ancorar no teu cais.
A culpa é tua.
Do teu medo insano.
Como um pirata
saqueei em instantes todo o seu coração.

Através do espelho vivi.
O tempo passou infinitamente
dentro dos seus sonhos comigo,
contorcido
e envolto por uma capa de desejos.

E é tão natural.
Por que tu corrompes a poesia?
Partilhei de ti nos teus mais íntimos detalhes.
Só faltou uma barreira das muitas que você colocou
e sempre coloca.

Vai tomar no cú
neonazi enrustida do caralho.
Sempre existirá uma ponta de luz
no mais nefasto dos mundos.
Te amei por um instante
Fique com ele.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Fala de mais por não ter nada dizer, ou só porque é meio louco mesmo.

Lembrei!
eu sou muito inquisidor, 
falo, falo, falo, falo, falo e falo mais um pouco 
e nunca deixo a outra pessoa falar.
Tenho que melhorar isso, 
posso estar perdendo muita coisa da vida, 
porque ouço pouco e falo muito 
esqueço do que o outro pode me dar.

Quem sabe o céu, o mar
as coordenadas exatas das estrelas em um mapa estelar.
Acho que toda essa falação 
é porque sou de Escorpião com ascendência em Áries.
Certeza! 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Auto-Retrato - Lápis 6B sob folha de caderno.


Submarino

Submerso com meu tubo de oxigênio
no meio do mar de gente que não se acaba
Olho vagaroso pro lado de fora
e vejo uma menina, uma sereia acompanhada.
Ela me nota
Aos poucos, as distâncias se encurtam
e em alguns segundos sinto o amor.
Que pena já passou.
O submarino de baixo da terra
voa para a próxima estação.
O mar de gente amontoado
segue seu rumo, seu destino.
Como se nada estivesse acontecido,
mas aconteceu, sempre acontece.
Só alguns percebem.
Eu gosto muito de seguir pela correnteza
da linha rubi para a da linha azul.
São cores que se harmonizam.
E desde pequeno desaguam no mar

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Apresentação


SET LIST:

Sangue latino - Secos e molhados. (Toquei contra-baixo elétrico)
Pedacinho do céu - Waldir Azevedo (Toquei pandeiro)
Faz parte do meu show - Cazuza (Cantei)
Tudo Passa - Bernardo Carvalho, eu mesmo rs. (Cantei e toquei violão)
Lamentos - Pixinguinha e letra de Vincius de Moraes (Cantei parte e toquei pandeiro) 





terça-feira, 10 de julho de 2012

Rock'n'roll

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho

Como um taco de golf
dei uma batida na guitarra
e vi cabeças rolarem como pedra.

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho.

domingo, 8 de julho de 2012

Tudo passa

Intro - (D G) 
D                                                  G
Quando o coração se cansa de esperar,
D                                                  G
voando sem um rumo, sem canto pra pousar.
D                                                  G
Batendo aflito e só pois do amor saiu ferido.
D                                                                                G
Mas essa dor ela vai passar porque o tempo é nosso amigo.
   G                        Am   G
Pois tudo passa...  sempre
Refrão.
       Am                                              G
Tudo que você não se esquece 
       Am                                              G
Tudo que você não se cura
        Am                                              G
Chega de sofrer na amargura
       Am                                              G
Deixa vir a ser sem fissuras.


Reprodução e download:
http://soundcloud.com/carapalavra/tudo-passa



quinta-feira, 7 de junho de 2012

Eu estava procurando uma resposta simples.

Não quero ver com a mente
Não quero ver simplesmente com os olhos.
E nem com a lente de supostas verdades,
quero sentir os traços, 
como o bombeador de sangue 
que segura a mina de grafite e marca na folha branca da alma 
toda a absurdidade da vida, 
o existir da luz e da sombra
a matéria ondulada.

Quero ver também com a garganta, 
que com ou sem rima se espanta 
como uma criança que acabara de nascer.
E aos prantos desperta para o sonho,
e sente o quanto a realidade é fantástica 
para o espírito que é capaz de sempre reflorescer.

Voa minha criança, voa como um livro entre aberto,
cheio de folhas escancaradas,
amareladas e renovadas pelo tempo eterno.
Que dando voltas e mais voltas pelo ser, 
se embriaga da história e do drama que perde, 
descansando na sarjeta da imensidão do céu-mar.

Ri e chora.

Com a emoção transgredindo todos os poros do meu corpo humano,  
até o fim do ultimo fio de cabelo arrepiado, 
a vontade mais natural, a coluna vertebral retorcida,
a alma nervosa com o caos-ego-libido-anatomicamente-adaptado.

No fim das contas qual o sentido de tudo isso? tanto faz.
Existem bilhões e bilhões de estrelas.
Milhões e milhões de galáxias lácteas na sopa de letrinhas.
Se não existe um caminho a gente inventa um mundo,
Eis a minha filosofia, um mistério em que meus olhos se perdem 
mas que nunca perdem de vista,
enfim o amor, o sentir.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Los Hermanos.

Daqui a pouco pego um trem para casa
moro bem longe da saudade.
Bom mesmo seria estar em par.
Mas isso deixo na mão do vento
quem um instante a de me encontrar.

Não estou nenhum pouco cansado dessa espera
Ei! aquele cara não parece em nada com um arlequim
só é mais um boa praça bem acompanhado.
Ela sim é uma colombina a procura do seu amor de verdade.

Será eu? Pode até ser, só o acaso diz  mesmo
e cabe a nós aceitar suas desculpas esfarrapadas.
Não tenho medo nem angústia só vou caminhando com o tempo,
paciente com sua paz de vadio, que sem pressa vai desdesempre.
A cidade é feita de memórias e espaço-tempo contorcido em concreto,
e baratas também muitas baratas saindo de todo lugar.

Será meu destino fabuloso? Nem sei, tanto faz, já vou sei lá.
Deixa... vou tirar um cochilo com os meus amigos sem-tetos
ali na estação mesmo, perto do espaço das Américas.
Até um tempo atrás nem sonhar eu podia, tudo era apenas
uma questão de sobrevivência, e ainda é, só que com menos peso.


Desculpem mas eu fiquei a 1 metro do Amarante.
Sem mais.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Apresentação


Sarau UFABC - Bloco Sigma

SET LIST:

Pedacinho do céu - Waldir Azevedo (Toquei pandeiro)
Goodbye blue sky - Pink Floyd (Toquei Guitarra)
Sambinha Bobo - Bernardo Carvalho, eu mesmo rs. (Cantei e toquei violão)


quarta-feira, 28 de março de 2012

Cifra - Sambinha bobo.

(Intro)
Bb7+  Am7  Gm7  (2x dedilhado)

Bb7+           Am7
Sou um trovão 
   Gm7                     Bb7+
que cai com a chuva
Bb7+           Am7
Pinto o céu 
   Gm7                     Bb7+
com uma luz que ofusca.


Bb7+           Am7
quem sou eu? 
   Gm7                     Bb7+
já cansei dessa procura
Bb7+           Am7
Não existe nada
   Gm7                     Bb7+
que hoje me assusta.


Bb7+           Am7
Mas meu coração 
   Gm7                     Bb7+
que bate  mansinho
Bb7+           Am7
cheio de som e fúria
   Gm7                     Bb7+
se perde no caminho.


Bb7+           Am7
Sigo nessa luta
   Gm7                     Bb7+
Que travo comigo
Bb7+           Am7
sem nenhum vencedor
   Gm7                     Bb7+
só me resta um sorriso.


Bb7+  Am7  Gm7  (2x)


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Trens e mais trens

Mal disfarço meus olhos não me obedecem
Não consigo tirar aquele cangote do meu campo de visão.
Pra onde eles vão?
Neste vagão de trem? Não sei.
Vão descer na estação esperança
Na estação de súbita separação
E você pra onde viaja? Contra o tempo
e contra o universo que hoje não colaborou.
Como sou parte dele: Auto-flagelação
Só agora que o trem resolve acelerar
Mas esse agora, é tarde de mais.
O tempo é intolerante,
O jeito é se consolar no cinema.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Reconstrução.

Eu passava o dia inteiro sozinha com o Rafael, já que o Elias só chegava do trabalho de madrugada ele só tinha a mim e eu a ele para matar a solidão. Como era um menino muito curioso desde cedo, o pegava no colo e o levava até a janela para lhe mostrar de tudo um pouco, de lá  apontava para algo e dizia: Tá vendo filho aquilo ali é um cachorro, aquelas são crianças jogando bola, ali ó é uma menina muito bonita passando pela a rua.
O anoitecer no Jardim dos Reis desde sempre fora muito belo e com as estrelas bem visíveis no céu, acho que isso explica o porquê do Rafael não ter dito como primeira palavra: pai ou mãe, mas sim o fato dele ter notado a bola cintilante que iluminava o mundo e o bairro . Na boca do menino  começara a ser nomeado com um pequeno "Ua" depois de boas risadas evoluiu para a "Bua" Que por fim como manda nossa bom e velho português o único satélite natural do planeta  se transformou na primeira palavra dita pelo meu filho "Lua".

Guarda-chuva amarelo.

Nos últimos minutos do calendário
um menino com guarda-chuva amarelo
olhava ansioso para o mar.
- Meu deus! Como balança
pra lá e pra cá, o navio
que dispara os fogos de artifício,
ele dança num ritmo desengonçado.
A garoa caía de mansinho na praia,
regando a finas gotas de água doce
os castelos de areia derretidos no sal.
O menino estava admirado com tudo,
e entre um suspiro e outro sentia a verdade
te todas as coisas se revelando no pulmão.
Por um segundo ele olha pro chão e vê
os pés enrugados sobre a areia molhada.
E aos gritos do 3... do 2... e do 1...
BOOOMMM!
O céu perdido
na escuridão do mar
se encheu de todas as formas.
E luzes moldadas no pavio da pólvora
BOOOMMM!TATATATATATATA!BOM!
O barco torto metralha o ar,
Esses estraçalham o passado que já passou
e o deixa com cara de peneira.
BOOOMMM!
Lá se vai mais fogo multicolorido
no meio da água esfumaçada da neblina.
E com a porteira aberta,
Uma manada de pessoas
corre louca para as ondas do mar,
porque afinal é ano novo,
essa é a única data de 'renovação universal'.
Elegantemente o menino desarma seu guarda-chuva amarelo
e vai pular as ondinhas conforme a etiqueta
Incrivelmente, acredito pelo calor da festa,
Consegue pensar em sete desejos não calculados.
Mentira.
Ele foi com pelo menos um em mente,
porque deseja muito a sua realização,
o triste da noite nem era a chuva
e sim sua garganta,
que ainda arranjou briga
no meio do ponto de ônibus.