quinta-feira, 7 de junho de 2012

Eu estava procurando uma resposta simples.

Não quero ver com a mente
Não quero ver simplesmente com os olhos.
E nem com a lente de supostas verdades,
quero sentir os traços, 
como o bombeador de sangue 
que segura a mina de grafite e marca na folha branca da alma 
toda a absurdidade da vida, 
o existir da luz e da sombra
a matéria ondulada.

Quero ver também com a garganta, 
que com ou sem rima se espanta 
como uma criança que acabara de nascer.
E aos prantos desperta para o sonho,
e sente o quanto a realidade é fantástica 
para o espírito que é capaz de sempre reflorescer.

Voa minha criança, voa como um livro entre aberto,
cheio de folhas escancaradas,
amareladas e renovadas pelo tempo eterno.
Que dando voltas e mais voltas pelo ser, 
se embriaga da história e do drama que perde, 
descansando na sarjeta da imensidão do céu-mar.

Ri e chora.

Com a emoção transgredindo todos os poros do meu corpo humano,  
até o fim do ultimo fio de cabelo arrepiado, 
a vontade mais natural, a coluna vertebral retorcida,
a alma nervosa com o caos-ego-libido-anatomicamente-adaptado.

No fim das contas qual o sentido de tudo isso? tanto faz.
Existem bilhões e bilhões de estrelas.
Milhões e milhões de galáxias lácteas na sopa de letrinhas.
Se não existe um caminho a gente inventa um mundo,
Eis a minha filosofia, um mistério em que meus olhos se perdem 
mas que nunca perdem de vista,
enfim o amor, o sentir.