segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Para Heloíse.


Pra onde você vai
com tanta mágoa assim?
Nem precisa de tanto.
Que seja doce, e só,
sete vezes doce.

Pra que um labirinto?
Por que se perder?
Nem precisa de tanto.
Que seja doce e só,
sete vezes doce.

Para que dizer tantas
 mentiras pra si mesmo?
Nem precisa de tanto.
Que seja doce e só,
sete vezes doce.

E essa ganância
de querer o tudo?
Nem precisa de tanto.
Que seja doce e só,
sete vezes doce.

É só um castelo de areia.
Nem precisa de tanto rancor.
Que seja doce, e só.



terça-feira, 6 de setembro de 2011

Fogo de palha nº 2

Uma dessas faíscas
que viajam perdidas
pelo ar, podem
transformar em cinzas,
até um imenso mar...
de folhas que secas,
amareladas,
se estendem até o infinito
do horizonte.
onde o olhar
não alcança.
e o imaginar
se perde.

Como são intensas
as chamas do fogo,
hipnotizam,
a cada vez que chegamos
mais pertinho.
e mais...
e mais
perto
ops!

Queimar as pontas dos dedos
é inevitável,
dói um pouco
deixa marcas
que só o passar do tempo
pode amenizar.
mas apagar?
pra quê,
por quê?
deixa o fogo
vir a ser.



segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Só fogo de palha.

Provei seu doce com a chuva
que caía calma e devagar.
A garoa sambava com a
melodia que ia leve pelo ar.

No dia... tudo quis
dar errado, e deu!
Mas nasci com gingado
agraciado por Deus.

No tudo dei um jeito
da morena perdida
roubei um beijo.

Mas engraçado não é?
quando o amor dói, é quase
certo que vire um soneto.

a melodia que ia leve pelo ar.