quarta-feira, 30 de setembro de 2015
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
Um único céu sob múltiplos olhares: O encontro das astronomias Tupi-Guarani e Ocidental.
O ato de observar e pensar os corpos celestes,
sem dúvida, é um dos traços mais compartilhados e fundamentais para a
sobrevivência das mais variadas sociedades humanas, quando contrastamos através
de comparações os conhecimentos astronômicos, muito das nossas particularidades
e semelhanças com os “outros” são reveladas. As narrativas com suas explicações,
os desenhos construídos com as estrelas fixas no contínuo movimento do céu e
instrumentos como calendários, apontam o relacionamento profundo e inescapável da
influência dos corpos celestes em nossos corpos na terra firme. O caráter
particular dessas observações, a transmissão ancestral desses conhecimentos e costumes
se confunde com a própria diversidade cultural, diversidade de valores e
interpretações dos seres humanos.
Mesmo os conhecimentos dos corpos celestes do
pensamento ocidental que se propõe presunçosamente universais, ou de vanguarda
na “história da humanidade” têm muitas características pontualmente costumeiras
edificadas em narrativas de uma perspectiva muito singular de quem está em um lugar
especifico do globo, principalmente por conta da localização nos hemisférios, e
muitas vezes dadas por explicações erradas como notado pelos próprios
pensadores ocidentais posteriormente. Pela perspectiva de análise da etimologia
e genealogia, desse fluxo histórico de narrações no pensamento ocidental só
restaram os nomes e os desenhos das constelações no céu, por exemplo, oriundos dos
conhecimentos presentes em mitos milenares que ‘desencantaram’, mas que conservaram
a beleza criativa do olhar e interpretação dos povos ancestrais.
Embora essas questões na sociedade brasileira
devessem ser mais valorizadas para uma formação educacional básica e justa, por
conta de sua constituição cultural fundada na origem de diversos grupos indígenas
nativos e grupos afro-diaspóricos, existem escassos trabalhos sobre o tema e o
decorrente desaparecimento da diversidade de conhecimentos desses em nome dos da
colonização europeia, refletindo a perda de um patrimônio cultural e científico
irreparável, que poderiam ser muito útil para nós do hemisfério sul. Especialistas
em filosofia africana e afro-diaspórica chamam esse fenômeno de epistemicídio onde
no processo colonizador ocorre um grande embranquecimento cultural por conta do
abandono, destruição ou assimilação direcionada dos conhecimentos de povos de
outras matizes étnicas.
Neste texto que faz uma leitura das construções
e saberes dos Tupis-Guaranis serão apresentados alguns aspectos de sua
especificidade e poder explicativo, isso a partir dos estudos etno-astronômicos
feitos em pesquisas realizadas por Germano Afonso, indígena guarani, brasileiro
e Doutor em Astronomia. Esse autor contemporâneo aponta que as sociedades
indígenas há muito tempo notaram que as atividades de caça, pesca, coleta e
lavoura são relacionadas com os mecanismos que regem os processos cósmicos, sendo
utilizados através da observação e da interpretação dos mitos e os
conhecimentos contidos nele em favor da sobrevivência das sociedades em questão.
É factual que no grande grupo dos Tupis-Guaranis nem todas as sociedades
indígenas vão atribuir o mesmo significado para determinado fenômeno
astronômico, por conta de cada um ter sua estratégia de sobrevivência e
especificidade. Para isso é preciso saber a localização física e geográfica de
cada grupo, como os que habitam o litoral e o interior, ou outras diferentes
latitudes.
Como aponta Germano, por exemplo, junto à
linha do Equador não há muito sentido em referir-se às estações do ano em
função de variação da temperatura local. Essa característica é quase
irrelevante para o território sul-americano nem sempre essas diferenças podem
ser caracterizadas como verão ou inverno. Por estarmos em uma região tropical o
clima é definido, fundamentalmente, em função da maior ou menor abundância de
chuvas. Os Guaranis dividem esses dois períodos em tempo novo (ara pyau)
correspondente a primavera e verão e o tempo velho (ara ymã) correspondente ao
outono e inverno ocidentais. Para prever e gerir a vida os Guarani vão usar
como instrumento em seu calendário a trajetória anual do Sol, medida pela
posição do seu nascer com rochas e hastes verticais, o Sol para eles possuem um
grande significado religioso. Todo o cotidiano dos Guarani e dos Tupi em linhas
gerais está voltado para a busca da força espiritual do Sol.
Afonso indica uma questão interessantíssima
fruto de seus conhecimentos tanto na astronomia indígena quanto na astronomia
ocidental, a partir do registro de 1612 a “Histoire de la mission de pères
capucins en l’Isle de Maragnan et terres circonvoisines” do missionário capuchinho
francês Claude d’Abbeville, considerado uma das mais importantes fontes da
etnografia dos indígenas do tronco tupi, Afonso infere que segundo o
missionário
"’os
tupinambás atribuem à Lua o fluxo e o refluxo do mar e distinguem as duas marés
cheias que se verificam na lua cheia e na lua nova ou poucos dias depois’.
Assim, mesmo antes dos europeus, os tupinambás já sabiam que perto dos dias de
lua nova e de lua cheia as marés altas são mais altas e as marés baixas são
mais reduzidas do que nos outros dias do mês.”
O autor conclui que enquanto Galileu Galilei
na mesma época de d’Abbeville afirmava que a explicação desse fenômeno seria a
interação dos movimentos circulares da rotação da Terra e da translação em
torno do Sol, desconsiderando erroneamente a ação gravitacional da Lua, os
tupinambás á anos já tinham o conhecimento correto da periodicidade das marés e
sua relação com as fases da Lua, explicação que só vai ser descoberta no mundo
ocidental por Newton muito anos à frente. A explicação dada por ele se
fundamenta no fato de que esse fenômeno pode ser mais bem observado entre os
trópicos, região em que se localiza a maior parte do Brasil diferentemente dos
países da Europa.
Por fim um dos aspectos mais importantes
sobre a Astronomia Tupi-Guarani gira em torno das constelações, a União
Astronômica Internacional (UAI) utiliza um total de 88 constelações,
distribuídas nos dois hemisférios terrestres, enquanto certos grupos indígenas
já nos mostraram mais de 100 constelações, vistas de sua região. Elas são instrumentos
fundamentais para mapear o céu e fazer uma leitura ordenada dos movimentos dos
corpos celestes, Afonso a ponta que elas são figuras imaginárias criadas há
mais de 6 mil anos para reunir grupos de estrelas (jaxy tatá), aparentemente
próximas, visíveis a olho nu. Uma diferença fundamental entre as constelações
indígenas e ocidentais reside no fato que os desenhos das constelações
ocidentais são feitos pela união de estrelas. Enquanto, para os indígenas, as
constelações são constituídas pela união de estrelas e, também, pelas manchas
claras e escuras da Via Láctea, mais fáceis de imaginar, em alguns casos certas
constelações são feitas apenas de manchas. A constelação mais conhecida dos indígenas
do Hemisfério Sul é a Kuruxu (Cruzeiro do Sul em plena Via Láctea) próxima do
polo sul celeste utilizada para determinar os pontos cardeais, as estações do
ano e a duração do tempo à noite. As principais constelações indígenas estão
localizadas na Via Láctea diferente das Ocidentais que centram no caminho
imaginário do sol nas constelações zodiacais. A Via Láctea é conhecida como
Caminho da Anta ou como a Morada dos Deuses pela maioria das etnias dos
tupis-guaranis.
É importante ressaltar como o indígena está
em absoluta confluência e integração com o universo através de seus mitos,
ainda sobre as constelações elas refletem a rica biodiversidade da natureza do
nosso território, Afonso diz que:
Quando indagados sobre
quantas constelações existem, os pajés dizem que tudo que existe no céu existe
também na Terra, que nada mais seria do que uma cópia imperfeita do céu. Assim,
cada animal terrestre tem seu correspondente celeste, em forma de constelação.
Em termos gerais é nítido como o céu
compartilhado e tudo que decorre dele, se configura como um principio
estruturador da vida terrena, é claro que dentro das próprias sociedade
indígenas é possível traçar muitas semelhanças nesses aspectos por conta da
localidade geográfica, mas cada uma vai ter sua dinâmica e mitos próprios.
REFERÊNCIAS
AFONSO,
Germano. “Mitos e Estações no céu Tupi-
Guarani”. Scientific American Brasil.
Entrevista
gravada: A Ciência que eu Faço - Germano
Bruno Afonso. https://www.youtube.com/watch?v=MQFwZJMS064
Alexandre
Toccoli Filho, Matheus Carvalho de Oliveira, Rafael Bicudo Ribeiro, Rodrigo
Silva Malaquias dos Santos. “Cosmologia
indígena brasileira: Tupinambás e Guaranis”. http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/246176/mod_resource/content/1/Cosmologia%20ind%C3%ADgena%20brasileira%20-%20Tupinamb%C3%A1s%20e%20Guaranis.pdf
(acesso setembro 2015)
“A Astronomia e a Astrologia no Brasil
Indígena” http://espacoastrologico.org/a-astronomia-e-a-astrologia-no-brasil-indigena/
(acesso setembro 2015, coletânea de artigos publicados nesse blog)
NOGUERA,
Renato. “O conceito de drible e o drible
do conceito: analogias entre a história do negro no futebol brasileiro e do
epistemicídio na filosofia” Revista Z Cultural. http://revistazcultural.pacc.ufrj.br/o-conceito-de-drible-e-o-drible-do-conceito-analogias-entre-a-historia-do-negro-no-futebol-brasileiro-e-do-epistemicidio-na-filosofia/
(acesso setembro 2015)
ANEXOS: Observação Comparada de Constelações
e Dádiva.
1.
Constelação
da Ema – Texto de Germano Afonso.
Os Guarani do Paraná nos mostraram a
localização exata da constelação da Ema (Guyra Nhandu) que fica na região do
céu ocupada pelas constelações ocidentais do Cruzeiro do Sul, da Mosca, do
Centauro, do Escorpião, do Triângulo Austral e de Altar. A cabeça da Ema é formada pelo Saco de
Carvão, sendo que a parte superior fica perto da estrela Mimosa e o bico perto
de Magalhães, ambas da constelação do Cruzeiro do Sul. Perto do seu bico parece
existirem dois ovos de pássaro (Guirá-rupiá, em Guarani) que ela tenta devorar.
Esses ovos são as estrelas Alfa e Beta da constelação da Mosca. As estrelas
Alfa e Beta da constelação do Centauro estão dentro do pescoço da Ema, que
também é formado por uma mancha escura da Via Láctea. A cauda da Ema é formada
por Antares, Al niyatn e outras estrelas da constelação do Escorpião. Um dos
pés da Ema é formado pela cauda do Escorpião. A parte de baixo do corpo da Ema
começa a ser formado pela estrela Beta da constelação do Triângulo Austral (Triangulum
Australe) e por estrelas da constelação da Altar(Ara),sendo que a parte de cima
de seu corpo é formado principalmente por estrelas pertencentes às constelações
de Escorpião e do Lobo(Lupus). A constelação da Ema aparece em relatos de
várias etnias brasileiras: carajás, tembés e os teneteharas
A constelação da Ema aparece, inclusive, em
culturas de outros continentes, como, por exemplo, entre os boorongs, povo
aborígene que vive em Victoria, Austrália: “O ano boorongs começa no outono,
quando Tchingal, a ema gigante, aparece no céu à noite. Esta é a época em que
as emas começam a pôr seus ovos e que seus filhotes saem dos ovos”.
2.
Dádiva – Desenho e Aquarela da constelação de
Escorpião e Lua Quarto-Crescente. Texto e desenho feitos por mim.
Observação
Astronômica no sábado em 19 de setembro de 2015, entre 20h15 e 21h20 na Avenida
São Paulo, Jardim dos Reis - Franco da Rocha - SP. Coordenadas do lugar de
visão do céu: 23°18'32.7"Sul 46°43'58.7"Oeste.
Não tenho muitos conhecimentos técnicos em
astronomia, mas desde criança identificava essa constelação no céu, fora essa,
só conheço a do Cruzeiro do Sul, e por conta dos textos desse trabalho passei a
identificar as Plêiades (Eixu, em guarani). Antes achava que o desenho dessa
constelação fosse invenção da minha imaginação, ainda pode ser, não é tão impossível
uma criança criar desenhos de constelações observando o céu, mas vendo que ela
difere em poucas estrelas da constelação oficial de escorpião (ver anexo 3) acho que eu possa ter aprendido a identificá-la
por algum meio e tenha acabado esquecendo a fonte. O interessante é que essa
constelação tem presença constante no céu durante o ano inteiro no hemisfério sul,
e ela têm muitas estrelas que aparecem na constelação da Ema dos indígenas.
3.
Constelação
de Escorpião e Lua Quarto-Crescente pelo aplicativo Google Sky Maps.
Esse
aplicativo para celulares faz uma representação do céu com o momento exato
observado a partir da sua localização pelo GPS do Celular. Ele também permiti
você “viajar no tempo” e ver como estava a posição dos corpos celestes no céu em
um momento especifico. Com os dados da minha dádiva você pode ir ver no
aplicativo como estava toda a abóboda celeste visível no momento que desenhei.
shopping trem III
O pretinho que sempre vi pelos soundsystems e batalhas de mc da minha quebrada
Aba reta do Suicidal Tendencies
Diversas tatuagens, carabinas, corujas, âncoras
Todo na estica com um par de vans nos pés
Nas rimas do rapadura xique xico ele fazia alguns golpes de capoeira no meio da roda do bate cabeça
No sound ele fez um freestyle bem loko com o microfone livre e a seleção adubada
Hoje vi ele vendendo balas medicinais no shopping trem
Ele olhou pra mim sentado no chão, acho que não me reconheceu mesmo
eu estou com um black power que eu não tinha a alguns ciclos da lua atrás
E pra onde estou indo?
Pro trampo numa rua que cruza a Teodoro Sampaio
engenheiro negro e baiano
Depois vou ter aula de Trajetórias do Continente Africano com um professor que já passou uma cota na costa do marfim, terra de Didier Drogba e outros lugares do continente.
Regulamento de viagem nos trens metropolitanos - JUL/2015
É PROIBIDO NAS DEPENDÊNCIAS DA CPTM:
Comercializar ou distribuir mercadorias ou impressos, inclusive nos acessos entorno das estações.
Os usuários infratores estarão sujeitos à perda do direito de viagem e as penalidades na forma da lei.
Aba reta do Suicidal Tendencies
Diversas tatuagens, carabinas, corujas, âncoras
Todo na estica com um par de vans nos pés
Nas rimas do rapadura xique xico ele fazia alguns golpes de capoeira no meio da roda do bate cabeça
No sound ele fez um freestyle bem loko com o microfone livre e a seleção adubada
Hoje vi ele vendendo balas medicinais no shopping trem
Ele olhou pra mim sentado no chão, acho que não me reconheceu mesmo
eu estou com um black power que eu não tinha a alguns ciclos da lua atrás
E pra onde estou indo?
Pro trampo numa rua que cruza a Teodoro Sampaio
engenheiro negro e baiano
Depois vou ter aula de Trajetórias do Continente Africano com um professor que já passou uma cota na costa do marfim, terra de Didier Drogba e outros lugares do continente.
Regulamento de viagem nos trens metropolitanos - JUL/2015
É PROIBIDO NAS DEPENDÊNCIAS DA CPTM:
Comercializar ou distribuir mercadorias ou impressos, inclusive nos acessos entorno das estações.
Os usuários infratores estarão sujeitos à perda do direito de viagem e as penalidades na forma da lei.
terça-feira, 22 de setembro de 2015
shopping trem II - o pregador e as autoridades terceirizadas.
Na linha 7 o trem tem 6 vagões ou 7
O pregador protestante, evangélico até o talo
Canta os salmos desafinado
vagão por vagão
Estação por estação
Fazem mais de 30°C em São Paulo
Ele segue firme de camisa, calça e sapatos sociais
as veias saltam da testa
Muita gente ri
Muita gente só ignora
Tem gente que presta atenção
Ele insiste em pregar a obediência a Deus
E a vida eterna como recompensa da luta diária contra Satanás
Citou a AIDS e conflitos com a polícia como obras do capiroto
Dois fardados terceirizados fortemente armados de cacetes e razoável forma física
Abordam o pregador
Ele não pode pregar
Os mais baixo, fala, fala, fala, gesticula e fala mais um pouco.
O mais alto e mais forte só observa não é muito de falar, mas tem uma presença ameaçadora
O pregador desvia caminha para um extremo do vagão cita de cabeça mais um ou outro versículo
ninguém se importa
Rapidamente as portas se abrem
ele é conduzido para fora do trem
E depois conduzido para fora da estação
Sua fé não foi abalada
Um conflito mais pegado e interessante com as autoridades é dispensado
amanhã é outro dia
A palavra tem que ser propagada
A bíblia tem uns versos bonitos e profundos
Mas todo mundo já conhece Jesus Cristo
não custa repetir:
Ele foi crucificado pelo conflito com os romanos
Teve até legitimação do povo e passividade de outros
Abençoou um ladrão antes de morrer, parceiro de cruz.
Dizem que quando morreu o céu fechou e caíram muitos raios nas proximidades.
Regulamento de viagem nos trens metropolitanos - JUL/2015
É PROIBIDO NAS DEPENDÊNCIAS DA CPTM:
Fazer pregação religiosa ou política, apregoar ou cantar
O pregador protestante, evangélico até o talo
Canta os salmos desafinado
vagão por vagão
Estação por estação
Fazem mais de 30°C em São Paulo
Ele segue firme de camisa, calça e sapatos sociais
as veias saltam da testa
Muita gente ri
Muita gente só ignora
Tem gente que presta atenção
Ele insiste em pregar a obediência a Deus
E a vida eterna como recompensa da luta diária contra Satanás
Citou a AIDS e conflitos com a polícia como obras do capiroto
Dois fardados terceirizados fortemente armados de cacetes e razoável forma física
Abordam o pregador
Ele não pode pregar
Os mais baixo, fala, fala, fala, gesticula e fala mais um pouco.
O mais alto e mais forte só observa não é muito de falar, mas tem uma presença ameaçadora
O pregador desvia caminha para um extremo do vagão cita de cabeça mais um ou outro versículo
ninguém se importa
Rapidamente as portas se abrem
ele é conduzido para fora do trem
E depois conduzido para fora da estação
Sua fé não foi abalada
Um conflito mais pegado e interessante com as autoridades é dispensado
amanhã é outro dia
A palavra tem que ser propagada
A bíblia tem uns versos bonitos e profundos
Mas todo mundo já conhece Jesus Cristo
não custa repetir:
Ele foi crucificado pelo conflito com os romanos
Teve até legitimação do povo e passividade de outros
Abençoou um ladrão antes de morrer, parceiro de cruz.
Dizem que quando morreu o céu fechou e caíram muitos raios nas proximidades.
Regulamento de viagem nos trens metropolitanos - JUL/2015
É PROIBIDO NAS DEPENDÊNCIAS DA CPTM:
Fazer pregação religiosa ou política, apregoar ou cantar
Os usuários infratores estarão sujeitos à perda do direito de viagem e as
penalidades na forma da lei.
sábado, 12 de setembro de 2015
um cara renascido
Um cara renascido era da rua de casa
ele virou um ourives posso conseguir que ele faça algumas coisas
ele virou um ourives posso conseguir que ele faça algumas coisas
Deixou seus serviços a minha disposição
Ele gosta mais de prata
Negro como a noite
Tem uma corrente com grafismos e
4mm de diâmetro
A corrente acompanha um pingente
grande talhado com a face de Cristo
os olhos do filho de deus são feitos de duas pedras semi-preciosas em um tom de azul escuro
Quando Renascido tinha uma badtrip usando
drogas e bebidas
Chorava a noite inteira
A rua inteira ouvia
A rua inteira ouvia
Os protestantes evangélicos o consolavam
direcionando orações com as mãos estendidas para ele.
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
shopping trem
O dia a dia do muleke branco,
punk e periférico
Mais um fazendo dinheiro com amendoim crocante no shopping trem
Calça jeans e tênis de skate bem limpos
Cabelo escovinha com maquininha 2 dos lados e 4 em cima
Logo dos Garotos Podres no moleton preto
com círculo de braços e mãos no sentido horário
Equilíbrio, harmonia
Construa a Anarquia!
punk e periférico
Mais um fazendo dinheiro com amendoim crocante no shopping trem
Calça jeans e tênis de skate bem limpos
Cabelo escovinha com maquininha 2 dos lados e 4 em cima
Logo dos Garotos Podres no moleton preto
com círculo de braços e mãos no sentido horário
Equilíbrio, harmonia
Construa a Anarquia!
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