Peguei um par de asas
voei para fora do universo,
fitando-o,
notei nas primeiras piscadas
como a totalidade é tão estável...
tão serena...
doce.
Voei... Voei mais um pouco...
Caí do espaço pra cama,
que sonho bom,
Renasci no mundo
um pequeno ponto
dentro do infinito.
Cheio de som, de fúria
e de morenas também.
Ando com navalha
arrasto os tamancos,
sob o Astro rei.
Nessa dimensão as coisas são diferentes:
Se transformam a cada instante...
estão em pleno movimento...
Tudo flui sem pressa.
Esse é o ritmo do mundo.
Não sou o mesmo de segundos atrás,
passei por aqui, fui!
eis o último riso,
eis o último pranto...
Mas sei que sambei bem.
Roda de samba nunca acaba,
Alegria de malandro quer ser eterna.
Eterno meio-dia.
SARAVÁ.
Nenhum comentário:
Postar um comentário