Sem samba
não posso fazer nada.
Caem todas as mascaras,
só fica o vazio,
com os pés mortos
num chão frio:
sem dança,
sem samba,
sem nada.
O batuque é feito de sons e silêncio,
sem sons:
só o nada.
Mas que nada!
sai da minha frente.
Desencana!
O silêncio e o som sozinhos
são errantes perdidos,
mas quando formam um par
sambam juntos,
Inventam a festa,
fazem alegria nos pobres,
que sofrem, mas esperam
um ano...
só por fantasia,
só por samba,
só por carnaval.
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